quarta-feira, 22 de junho de 2011

Bologna de uma nova perspectiva

Bologna já foi chamada de La selva turrita, devido ao grande número de torres que existiam na cidade. Na época medieval, por volta dos séculos XIII e XIV, um grande número de torres foram construídas, com relatos históricos indicando uma contagem próxima de 180. O propósito das construções nunca foi bem definido, alguns historiadores indicavam busca por status entre ricas famílias, outras como forma de proteção e ataque durante um período de guerras.

O que é certo é que hoje em dia, restam por volta de 20 torres espalhadas pela cidade, e as mais famosas, constituem o centro da mesma.

As torres Garisenda e Asinelli são chamadas Due Torri, ou duas torres, e são um símbolo da cidade. A primeira é inclinada e mede cerca de 48 metros e a segunda atinge 97 metros. Na torre mais alta se é possível subir e olhar a cidade em volta, e como não havia feito isso da primeira vez que morei aqui, agora era a hora. O interior conta com uma escada de madeira, muito antiga que leva ao topo. E são muitos degraus, o que torna uma subida bem difícil (mas bom para fazer exercício...) No caminho, pequenas aberturas permitem uma vista da cidade de um ângulo diferente. Do alto, a cidade de Bologna. As vias Rizzoli e Ugo Bassi, ruas centrais da cidade vistas de cima... ...e de 97 metros abaixo, a altura dos olhos. A torre vizinha Garisenda, do alto. E por hoje é só. Até a próxima!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mônaco... ou Montecarlo?

Na verdade, Monte Carlo é apenas uma das regiões que compõem o principado de Mônaco, portanto para chamar toda a cidade é melhor falar Mônaco. A curiosidade fica por conta da língua italiana, onde Monaco é também o nome dado a cidade de Munique, então para evitar a confusão diz-se sempre Monaco da Baviera ou Monaco Montecarlo.
Pois bem, o principado, é um micro estado independente, confinado dentro da França e só é maior que o Vaticano, entre todos os países independentes. É governada pelo príncipe, sua Alteza Sereníssima Albert II, que vai se casar esse ano, no dia 02 de julho, com muita pompa, mas ainda assim será apenas o segundo casamento de príncipe mais famoso do ano.
A economia baseia-se principalmente nos jogos de azar (cassinos) e no turismo de elite. A cidade fica em um monte (leia-se morro, colina, montanha) a beira mar.
Agora vamos ao que interessa, ou seja, a minha visita. Estive em Mônaco para acompanhar o Grand Prix de fórmula 1, mas estive dois dias na cidade. Essa corrida tem uma particularidade, não há treinos de fórmula 1 na sexta feira, apenas pequenas corridas pela manhã, de fórmula Porsche e GP2, com ingresso gratuito a todos os setores e posterior abertura da pista. É com certeza a forma mais fácil e barata de se envolver no espírito da fórmula 1, pois estando ali você pode caminhar por tudo e ver todo o circuito de graça.Assim, assisti de um ótima posição a corrida de GP2, das tribunas da piscina.
Dava uma ótima visão dos boxes também.
Pude ver os mecânicos trabalhando na Ferrari do Massa.
E mesmo sendo menos potentes, os carrinhos aceleram e fazem barulho.
O interessante é que não tem boxes fixos para as equipes, assim todas elas tem seu trenzinho com as parafernálias que levam embora depois da corrida.
Em seguida, na abertura da pista fiz todos os 3340m do circuito a pé, entendendo onde se podia acelerar ou onde as curvas eram mais fechadas. Pude ver também pontos turísticos, como o cassino de Monte Carlo.
O hairpin do Grand Hotel, onde acontecem acidentes devido a pilotos apressadinhos (não é, Mr. Hamilton??).
Na sexta, também passei pelo porto e vi alguns dos mais luxuosos iates particulares do mundo.
Andando por ali, percebe-se como existem muitos bilionários no mundo.
Agora sobre o domingo... Muitos de vocês viram na TV, a corrida foi emocionante com acidentes, paralizações e vitória do Vettel no final (como sempre, nesse ano). Mas existe toda uma experiência para relatar. De princípio, imaginei que poderia assistir a corrida sem um ingresso, apenas ficando em algum ponto da cidade, mas ao pesquisar o assunto descobri que toda a visão da pista é coberta e fica realmente visível apenas aos locais desejados, onde se cobra ingresso. Todas as arquibancadas são então montadas em estruturas móveis.
Eu, então comprei o mais econômico (melhor que dizer barato, né...), que fica num setor chamado Rocher. Diz-se que é o ingresso mais barato de todos os GPs, fica por volta de 70 euros. Mas Rocher quer dizer Rochedo, isto é, não era uma tribuna ou arquibancada, era um morro, bastante íngreme com vista para a pista, mas que apenas pessoas com ingresso poderiam entrar.
Minha opinião é que em dias de sol vale muito a pena, pois é bem barato e pode-se achar uma boa vista, mas é como acampar, você vai ter que achar um bom lugar, sentar-se na terra e torcer para que não chova. Importante também chegar cedo, para pegar um bom local, e por isso eu já estava ali desde as 8h, sendo que a corrida só começaria as 14h. Minha vista pegava a última curva do circuito e também a entrada para os boxes.
Pois bem, primeiro, assisti a fórmula Porsche.
Em seguida, uma corrida de fórmula Renault 3.5, por uns 45 min.
Depois, perto do meio dia, começou o desfile dos pilotos, que passeiam de caminhão aberto saudando o público.
Enquanto iam para os boxes, deu pra ver o Massa dando entrevista pra Mariana Becker da Globo.
E às 14h, finalmente a corrida. As ultrapassagens e acidentes ficaram um pouco longe, mas era muito legal (e ensurdecedor) ver os carros acelerarem ao máximo ao iniciar a reta.
O pega entre Massa e Rosberg no início.
O Schumacher quebrou um pouquinho antes dos boxes, na Rascasse e peguei o carro dele sendo empurrado para os boxes.
No final, de longe deu ainda para ver um pouco do acidente do Petrov e toda a movimentação para o resgate (detalhe para o carro da Toro Rosso sendo içado).
E essa foi mais uma experiência, do blog Todo Lugar para você.
Dicas:
Como tudo em Mônaco é extremamente caro na época do GP, considere ficar em alguma cidade vizinha, como Nice. O transporte de trem por toda a Côte D'Azur é muito bom e regular.
Ficando no setor Rocher, não esqueça de levar água e um lanchinho, a espera é grande.
No mais, aproveite o post e compare o barulho dos motores dos carros de GP2 e F1 nos vídeos.

Vrrruuumm! (e desculpem o post gigante...)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cannes

Uma pequena e luxuosa cidade. É isso que é Cannes, próximo a Nice, no litoral sul da França. Você deve ter ouvido falar sobre as palmas de ouro distribuídas no famoso festival de cinema da cidade que todo ano reúne os maiores astros e estrelas de hollywood para uma grande festa. Mas o local apresenta mais: é um maravilhoso destino turístico com praias de areia e uma mar azul lindo. Claro que na Boulevard de la Croisette você só vai encontrar lojas luxuosas, no porto, grandes iates, e nas ruas carros caros, mas nada que impedisse o passeio de um simples brasileiro pelas ruelas da cidade antiga e pela orla privilegiada. A cidade antiga sobe uma colina que termina em uma igreja. Vale a caminhada, pois a vista é maravilhosa. Ficando ali, pode se visitar o Hotel de Ville, ou fazer compras de antiguidades na feira. Pode jogar um pouquinho no Cassino ou ainda passear pelo porto e ver os barcos atracados. Ainda nas mesmas proximidades fica o salão de eventos onde acontece o festival de cinema, tudo a beira mar.Cuidado onde pisa, você pode pisar na mão de alguém famoso. Depois de visitada a cidade, ainda tem toda a praia para se conhecer e desfrutar. Como em quase toda Europa, a praia é dividida entre praias públicas e particulares. Tudo é tão belo, mas infelizmente a água é bem fria. Arrepia os cabelos... Mas se nada disso empolgou você, faça-se de francês e jogue uma partida de pétanque. Enfim, Cannes é maravilhosa e não é preciso ser milionário para aproveitar uns dias de férias por lá, mas bem que um cartão de crédito sem limite ajudaria, né?

Au Revoir.

sábado, 4 de junho de 2011

Nice

Já é chavão dizer que Nice é nice (numa tradução livre do inglês: Nice é legal, agradável). Porém é a verdade. A cidade é a segunda maior na província francesa dos Provance-Alps-Côte D'Azur e é uma cidade linda, banhada pelo Mediterrâneo, que oferece belas vistas.
Na história já pertenceu a Itália que a chamam Nizza, mas de longa data se especializou como um centro turístico. Nice é domínio francês desde 1861.
Na orla da praia, a Promenade des Anglais ganhou esse nome devido aos primeiros turistas que se instalaram no local. É uma área extensa onde pessoas caminham, correm, passeiam de patins e bicicletas e fazem exercícios.
Apesar de ser uma cidade grande, o centro histórico pode ser totalmente percorrido a pé, e mostra as características do local em tempos passados. Igrejas barrocas, ruas estreitas e de pedra.
A praça principal da cidade, chamada Place Masséna, concentra artistas noturnos que buscam entreter os turistas.
A praia é de pedras, sem areia. Porém, se isso pode ser visto como uma desvantagem, proporciona pelo menos uma vista linda da água, que por não ter movimento de areia se apresenta límpida e transparente, garantindo uma bela paisagem azul. Você pode escolher entre a praia pública ou praias particulares onde se pode alugar cadeiras e guarda sol, e ter atendimento de bar e restaurante a beira mar.
Paralela a praia, uma rua acima da Quai d'Estat Unis (que é a avenida adjacente a promenade), fica a Cours Saleya. Uma rua charmosa que oferece uma enorme variedade de restaurantes, a maioria de frutos do mar, para turistas em geral numa rua onde não circulam carros. Vale a visita mesmo sem fome.
Mas o bom mesmo de Nice é o fato de ser o ponto central da riviera francesa, de onde facilmente se pode ir a Monaco, Cannes ou St. Tropez. A grande rede de hotéis da cidade ajuda e o trem que atende a região é um espetáculo a parte, sempre margeando a costa, proporciona vistas magníficas durante a viagem.
Dicas:
Para chegar, pode-se usar o aeroporto de Nice Côte D'Azur, o maior da região, ou vir de trem do norte e oeste da França ou Itália (como eu fiz). Da cidade italiana na fronteira (Ventimiglia) a Nice, são 40 min de trem TER e custa 6.20 euros.
Agora, se você já tem seu iate, pode atracar diretamente no porto de Nice também. Estacione aí embaixo.
Fiquei em um hotel já na saída da estação de Nice Ville, uma ótima localização para quem viaja de trem. Se chama La Belle Meuniere, e não tem nada de especial, não é ruim, nem muito bom, na média. A boa é que oferece opções para todos os bolsos, desde mochileiros a viajantes em geral.
Para comer, se tem a Cours Saleya e inúmeros restaurantes, ou os mesmos fast foods de sempre, espalhados por toda a cidade.
À Bientôt!