Istanbul - Grandes Locais

Enquanto não escrevo mais sobre Viena e nossos passeios aqui, vou contar de nossa aventura da última semana. Viajamos para nada mais, nada menos que Istanbul, maior cidade da Turquia. Com localização privilegiada dividindo dois continentes, a cidade com história de mais de 2600 anos. Primeiramente chamada de Bizâncio, em homenagem ao rei grego Bizas, foi depois a capital do império romano do oriente, com o nome de Nova Roma, que acabou não pegando. A cidade ficou conhecida mesmo pelo nome do imperador fundador, Constantino. Constantinopla foi o centro do mundo por muitos anos, sendo sede de diversos impérios. A conquista da cidade e início do império Otomano é o marco para o fim da idade média na história. Tantas conquistas, civilizações e culturas deixaram na cidade uma marca indelével, com grandes obras arquitetônicas. A mais importante e impressionante de todas elas é a basílica Ayasofia, ou Santa Sofia. Construída por volta de 537 (isso mesmo, 1473 anos atrás) e não é dedicada a uma santa, mas a sabedoria (Logos em grego e Sophia em latim), que segundo antigos cristãos era a segunda pessoa da trindade, sendo Jesus sua encarnação na terra. Impressiona pelo seu tamanho e pelo domo, de 32m de diâmetro e 55m de altura. Foi a maior igreja do mundo por quase mil anos e foi também uma mesquita, durante o império Otomano. Hoje é um museu, e mostra toda sua história a milhões de visitantes, e os mosaicos cristãos estão sendo restaurados após séculos cobertos por desenhos islâmicos. Em frente a Santa Sofia, está outra jóia da arquitetura: a mesquita Azul, ou Sultanahmet Camii. Inspirada na basílica a mesquita leva esse nome por azulejos azuis no seu interior. Impressiona também pelo exterior, sendo a única mesquita da cidade com 6 minaretes. Todas as mesquitas são atapetadas, então só se entra sem sapatos, e por cortesia, pede-se que homens usem calças compridas e mulheres saias longas e que cubram a cabeça (foto da mesquita Nova). Ainda na mesma região fica o palácio Topkaki. O palácio foi a casa dos sultões por cerca de 400 anos e servia para receber visitantes estrangeiros e para ocasiões importantes. Hoje abriga um museu com os tesouros Otomanos, e relíquias do Islã. No palácio, em uma parte separada também há o harém, onde viviam as mulheres e concubinas do sultão, além de eunucos, príncipes e da Sultana, a mãe do sultão. Detalhe de uma parte do harém. Sem caminhar muito, na saída do palácio pode se chegar a outra obra arquitetônica impressionante, a cisterna basílica. Construída a 1500 anos, na época do império Bizantino servia para trazer e armazenar água para os palácios da cidade. Agora indo um pouco mais longe, visitamos ainda mais 3 mesquitas. A Süleymaniye Camii é a maior mesquita da cidade, desconsiderando Santa Sofia. Muito bonita também por dentro, com belas cores. A mesquita Nova, ou Yeni Camii, fica próxima a ponte Galata, no chifre (corno?!) de ouro, foto acima. A última é a mesquita de Bayezid II, do séc. XVI, que para nós pareceu a menos conservada de todas. No fim, vimos todas essas maravilhas da cidade em 3 dias, percebemos que quase todas as mesquitas usaram a Santa Sofia como modelo e fizemos muitas outras coisas, que virão em posts seguintes. Até.